Parte 4

Do ano de 1864 a 1870, aconteceu a guerra do Paraguai. O inicio da guerra foi no mês de dezembro de 1864 e durou até março de 1870. Esta guerra uniu o Brasil, Uruguai e Argentina.

A intenção de Solano Lopes governante do Paraguai na época era de expandir o desenvolvimento territorial e com isso fez com que os povos paraguaios fossem quase exterminados da face da terra.

Com a morte de milhares de brasileiros em combate, foi criada a frente de alistamento dos voluntários para defender a pátria. Os voluntários da pátria eram alguns brasileiros natos, escravos alforriados ou não, e capoeiristas que eram recrutados a força ou com promessa de serem alforriados e de receberem uma doação em dinheiro, caso este voltasse da guerra com vida.

Ao recrutar capoeiristas para a guerra, a intenção do governo era de afastá-los do convívio da sociedade e de dar combate aos seus inimigos, mesmo que isso fosse ao custo de suas vidas. Mas para as decepções dos governantes os capoeiristas se destacaram como bravos e sagraram-se heróis.

Cada capoeirista conseguia enfrentar e derrotar de 3 a 5 adversários de uma só vez, e eram reconhecidos, além de sua maneira de lutar, por usarem uma argola de ouro na orelha (brinco) e um lenço de seda no pescoço.

Sua técnica de luta era comentada pelos aliados e inimigos, que diziam nunca terem visto guerreiros lutarem assim em nenhum campo de batalha. Os capoeiristas foram responsáveis em erguer o pavilhão brasileiro em território inimigo e quando retornaram ao país foram recebidos como heróis nacionais.

Com isso levaram a prática e os conhecimentos da capoeira para a corte, para alguns fidalgos, conseguindo prestigio, influência e imunidade frente repressão policial.

Entre os capoeiristas que mais se destacaram na guerra do Paraguai estão registrados os nomes de: Cesário Álvaro da Costa (cabo do VII batalhão de caçadores do exercito) que enfrentou e derrotou dois paraguaios ao mesmo tempo; e Francisco de Melo, que por atos de bravuras foi promovido ao posto de alferes; Porém, muitos outros capoeiristas também se destacaram em batalha.

O Império do Brasil enviou em torno de 150 mil homens à guerra. Cerca de 50 mil não voltaram. Já as perdas humanas sofridas pelo Paraguai são calculadas em até 300 mil pessoas, entre civis e militares, mortos em decorrência dos combates, das epidemias que se alastraram durante a guerra e da fome.

A guerra do Paraguai marcou a formação do exercito brasileiro e o inicio da decadência da monarquia no Brasil.

Mestre Touro
Antônio Oliveira Bemvindo


Observação: Aguardem a quinta parte!